A mulher que me enche de esperança (parte III)

Que ela não compre minha imagem Em fotografia amarelada Eu abandonei as rimas Para dizer algo mais forte que a palavra Paixão

Palavra nenhuma tem a tradução do que preciso Nem só “querer” possui expressão Do que não digo Mas imagino (dia e noite, dia e noite …)

Mesmo quando a desejo Mal sei me expressar Se dizia “desarrumado” Sussurava “Linda” Se me calava, eu esperava Esperava e tinha pudor De tonto!

Que ela não se entregue ao trabalho de me interpretar (Nem me chame de promíscuo, só por ser bela a expressão) É bem claro o sol ao meio dia Tanto quanto sei o que digo Quero que o tempo seja a língua da minha certeza (De outra forma, não seria honesto)

Eu, que não sabia mergulhar Nadarei no que é destino Não me deixe à margem Ouvindo esperança como piada Me deixe onde devo estar Próximo e mais próximo à ti

  • Jota Teles