Um poema sobre o amor

Para que mais um poema sobre o amor se o que sinto já foi transcrito por milhares… poetas, músicos, escritores e pintores?

Um sentimento exaurido pela humanidade, com o mais simples despertar e o mais óbvio fim.

Observado de todos os ângulos, perspectivas e maneiras. Colocado à prova pelos cientistas e teóricos, mas presente no coração de todos que o testam.

É estranho observar que mesmo com toda essa carga anterior, toda experiência vivida e repassada, há quem sofra por amor. Há quem se desespere e deixe de dormir.

Diminua sua capacidade de reflexão à apenas sua paixão. Escute nas músicas, leia nos poemas e observe na arte, não o que foi deixado para o futuro, mas o que o aflige no presente.

Se há algo questionável, não é o amor, mas a fragilidade do homem perante ele, a cegueira que este o causa, fazendo-o cair em tantas armadilhas conhecidas.

É como o veneno que mata, como álcool que inebria, como a luz que cega e o sol que queima. É inevitável, impreciso, doloroso e imprevisível. Por isso é desnecessário mais um poema sobre o amor…

  • Eduan Lenine